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Cuidado com esse Negócio de Inovação


Cuidado com esse Negócio de Inovação

Imagine a seguinte situação, você trabalha em uma empresa e de repente tem uma ideia genial que vai melhorar muito algum produto ou serviço da empresa, reduzir custos e aumentar significativamente os ganhos do negócio.

Daí você sai do seu cantinho, vai até seu chefe e fala para ele de sua ideia, e em seguida houve a seguinte resposta: como anda aquele relatório que te pedi pra fazer? seu prazo está vencendo… Por algum momento você imagina que estava invisível, que aquele conversa com seu chefe foi só imaginação da sua cabeça.

Mas você não desiste e conta sua brilhante ideia para seus colegas de trabalho e você houve o seguinte: muito legal sua ideia mas não é para nossa empresa, ou então: cara, larga de ficar inventando moda e vai trabalhar, ou simplesmente as pessoas não te dizem nada e só ficam olhando para sua cara sem nenhuma expressão.

Este é o cenário mais provável de acontecer quando se fala de inovação na maioria nossas das organizações. Segundo Calestous Juma, professor de desenvolvimento internacional em Harvard, em seu recente livro, Inovações e seus inimigos (2016), ele cita algumas das principais barreiras da inovação nas empresas, e a principal é o MEDO. Sim, o medo da perda que ocorre quando as pessoas percebem que existe a chance de perder algo que elas possuem: seu cargo, sua função, sua necessidade, seu status. Ao perceber esta ameaça, até de forma inconsciente, a maioria das pessoas vão se opor a qualquer nova ideia que provoque uma mudança.

Mesmo sabendo que a inovação é capaz de alavancar o crescimento dos negócios e ser um fator determinante para a competitividade e desenvolvimento das pessoas, inovar em empresas “tradicionais” ainda é um dilema.

A grande maioria das organizações tradicionais ainda são regidas por “normas e regras” do modelo industrial do início do século XX onde o princípio é produzir a maior quantidade com o menor tempo e custo. São organizações com processos, estruturas funcionais e hierárquicas rígidas onde a inovação tem pouco espaço, pois possuem um foco na repetição e não na criação e desenvolvimento de produtos.

Inovar é muito além de desenvolver um produto ou serviço novo. As grandes empresas inovadoras do mundo, tratam a inovação não como um produto final, mas investem seus esforços em desenvolver pessoas, essa é a grande chave, desenvolver pessoas.

As organizações que de fato desejam inovar precisam moldar um ambiente no qual possibilite às pessoas vivenciar a inovação de forma prática a partir de ciclos de aprendizagem e experimentação. Outra questão importante é desenvolver comportamentos como colaboração, liderança, propósito, engajamento e empatia, fundamental para que as as pessoas estabeleçam e compartilhem novas crenças, hábitos e valores, para sedimentar uma nova cultura organizacional onde o medo de inovar possa dar espaço a criação e realização.

Mudar esta realidade não é algo simples e requer principalmente mudar a forma como se pensa uma organização inovadora. Se faz necessário criar um novo ambiente de negócio que traga significado para as pessoas, que esteja orientado a entregar experiências positivas para os clientes, que opere em harmonia com o meio ambiente e que esteja comprometido em construir uma sociedade melhor. É preciso também adotar práticas presentes nas organizações inovadoras do século XXI como: Organizações em Rede, Economia Circular, Compartilhamento, Tecnologias Digitais, Sustentabilidade, Pensamento Exponencial, Abundância, Propósito e Prosperidade.

Em nenhum outro tempo as mudanças foram tão rápidas e tão constantes, ficar parado diante deste cenário é um grande risco. Então quando aquele funcionário que teve aquele grande ideia, bater à sua porta, pare e ouça de forma muito despreconceituosa, ou então você pode ficar esperando o próximo “Uber do seu negócio” bater à sua porta. É só uma questão de tempo.

Sergio Calura é Empreendedor, Consultor e Agente de Transformação Organizacional, Sócio da Drasi.

Nosso negócio é Inovação. Transformamos produtos e serviços em experiências memoráveis para os clientes, apoiados nas capacidades das organizações de explorar, inovar e se adaptar para as constantes mudanças do mercado.


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