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Um robô vai realmente tomar seu trabalho?


Em muitas palestras que tenho ido recentemente tenho presenciado um verdadeiro circo dos horrores quando o assunto é robotização do trabalho. Os palestrantes são contundentes em dizer que trabalhadores como advogados, médicos, atendente de call center, programadores, contadores, e etc., praticamente ficarão desempregados em função de tecnologias como inteligência artificial (AI), internet das coisas (IOT), nanotecnologia, big data, realidade virtual, impressão 3D e outras mais.

“O número de trabalhos perdidos para máquinas mais eficientes é somente parte do problema. O que preocupa muitos especialistas em trabalho é que a automação possa impedir a economia de criar novos trabalhos(…) Por toda a indústria, a tendência tem sido de maior produção com uma menor força de trabalho(…) Muitas das perdas nas fábricas foram compensadas por um aumento na indústria de serviços ou em trabalhos de escritórios. Mas a automação está começando a se mover e eliminar trabalhos de escritório também(…) No passado, novas indústrias contratavam muito mais pessoas do que demitiam. Mas isso não acontece nas indústrias de hoje(…) Hoje, novas indústrias têm comparativamente menos trabalhos para os menos qualificados, apenas a classe eliminada pela automação.”

As palavras acima soam bastante atuais, mas saíram na publicação da revista TIME de 21 de Fevereiro de 1964. Os séculos 19 e 20 foram marcados por profundas transformações tecnológicas e sociais. Desde a invenção do trem a vapor, da indústria e da computação vem sistematicamente mudando a forma como vivemos e trabalhamos. E já no século 21, não será diferente, com a convergência tecnológica esse processo de mudança será bem mais acelerado e com impacto para nossas vidas jamais visto em toda nossa existência.

Em cada revolução muito postos de trabalhos foram extintos, mas o que os apocalípticos de plantão não dizem é que muitos mais outros foram criados. Na década de 1950 praticamente não tínhamos profissional de TI e hoje existem diversas formações só nesta recente área.

E assim não será diferente na Quarta Revolução na qual estamos vivendo. E como em todo processo acelerado de mudança, olhamos para o futuro com os olhos do passado, temos a tendência de enxergar somente pelo lado negativo, pelo lado da perda e da ruptura que toda mudança provoca.

“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes. – Klaus Schwab (autor do livro A Quarta Revolução Industrial)”.

Não é um processo fácil ou simples, mas mudar se faz necessário para nossa evolução. Ficar parado para ver o que vai acontecer é a pior escolha, é a paralisia do medo. Agora é o momento de se mover, de se atualizar de entender de fato essa revolução e preparar para as novas e incontáveis oportunidades que teremos a nossa disposição. A grande diferença das outras revoluções, é que agora a informação está acessível a todos. Para os robôs, deixaremos para eles nosso trabalhos chato e sem propósito.

Autor: Sergio Calura.

A DRASI conecta pessoas e organizações com a Nova Economia do Século 21. Nosso propósito: Sermos contribuição para a evolução de uma nova consciência global.


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